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Estudantes de Arquitetura do Rio fazem visita de estudos em Berlim

 

Um mergulho de quase duas semanas no espaço urbano de Berlim, passando por construções icônicas e projetos urbanísticos inovadores, transformou o olhar de um grupo de 15 estudantes da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sobre seus estudos. Entre 24 de abril e 5 de maio de 2018, eles participaram de uma visita de estudos (Studienreise) financiada pelo DAAD e coordenada pela professora da FAU-UFRJ Luciana Andrade com o tema “Study Visit Berlin – Strategies and Tatics toward Urban Space and Housing”. A organização da viagem foi feita em parceria com Juliana Canedo, pesquisadora associada do Habitat Unit TU-Berlin, e Kathrin Wieck, assistente de pesquisa na área de Paisagismo na TU-Berlin.

As Studienreisen ou Study Visits do DAAD apoiam viagens de grupos de estudantes universitários para conhecer, sob a orientação de um(a) professor(a), instituições acadêmicas e empresas alemãs relacionadas à sua área. Entre os requisitos, está a apresentação de um plano detalhado do projeto de viagem. Saiba mais sobre esse subsídio a viagens de grupo no site do DAAD (link em inglês).

Como inspiração, conheça abaixo o relato da Profa. Luciana Andrade sobre a experiência em Berlim com os estudantes de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, ilustrada também com uma fotogaleria:

A visita de estudos “Berlin: Strategies and Tatics toward Urban Space and Housing” representou uma oportunidade ímpar de conhecimento profundo da cidade de Berlim para os 15 participantes, estudantes da FAU-UFRJ.

As cidades – em sua morfologia, paisagem, arquitetura e estrutura urbana, além do que podem vir a ser a partir de planejamentos e projetos – são os principais laboratórios para a formação de arquitetos urbanistas. A vivência em espaços físicos e sociais de Berlim transformou cada um dos integrantes, o que certamente enriquecerá suas práticas discentes e profissionais. Essa transformação foi extensiva à equipe docente envolvida, especialmente aos membros que formularam e se engajaram na visita.

Por vários dias, num ambiente de trocas, a cidade de Berlim foi intensamente vivenciada, ensinada e aprendida, sob seus diferentes aspectos. O conhecimento da cidade mostrou as qualidades físicas e urbanísticas de intervenções hegemônicas divulgadas na literatura especializada da área. E também revelou o potencial das ações contra hegemônicas para a produção de alternativas econômica, ambiental e socialmente mais sustentáveis.

Todas as atividades realizadas foram de extrema importância, mas cabe destacar um dos pontos altos da visita: o workshop entre estudantes alemães e brasileiros realizado no dia 29 de abril no Landschaftsarchitektur Institut, TU-B. A interação entre os estudantes resultou em propostas ricas para um desafio de concepção urbano-paisagística formulado para o contexto berlinense em diálogo com a realidade socioespacial carioca e outras análogas.

Objetivo da viagem: ampliar o repertório
A proposta da visita de estudos foi mostrar diferentes formas de produção do espaço urbano e da moradia em Berlim, ressaltando tanto as ações hegemônicas quanto as não hegemônicas. Teve como objetivo ampliar o repertório de possibilidades de reflexões teóricas e intervenções projetadas, respeitando as particularidades e potencialidades dos contextos de cada localidade: Berlim e Rio de Janeiro.

A visita foi subdividida em vários conteúdos que se interpenetravam, de modo que quase todas os percursos apresentavam mais do que um de cada tema ressaltado na programação: Berlin Context, Urban Metabolism, Urban Nature, Selfmade City, Colaboratives Projects e Housing. Além do workshop na TU-B, o conjunto das atividades contemplou também visitas à Bauhaus de Weimar e à BTU Cottbus.

Uma agenda intensa de visitas
Nos dois primeiros dias da visita, a ênfase foi no espaço urbano e paisagístico. Os estudantes conheceram o processo de concepção do Flussbad, projeto de reabilitação de trecho do Rio Spree que visa preparar suas águas para voltar a permitir o banho e atividades esportivas, particularmente a natação. Especialmente relevante para o processo de aprendizagem dos estudantes foi a perspectiva de que a limpeza das águas do rio se dará a partir do uso de recursos que acionam a natureza para reconstituir seus sistemas – ou seja, por meio de metabolismo urbano. Esse também foi o tema da visita ao Roof Water Garden, projeto realizado pela TU-B no pátio de uma das quadras reconstituídas no contexto da Internationalle Bauaustelung (IBA 87). Já a visita ao Himmelbeet, jardim urbano focado na produção de alimentos, se relacionou com os temas do metabolismo e da natureza urbana.

As visitas ao Mauer Park, à House of One e, especialmente, ao Gärtenerei, também dialogaram com as anteriores. A reinterpretação paisagística do Muro (moderno) de Berlim junto com a preservação da memória dos tempos em que a cidade esteve subdividida segundo o Tratado de Potsdam e a perspectiva de estabelecimento de diálogo entre o judaísmo, o islamismo e o cristianismo – três religiões de base comum –, representadas respectivamente pelo Mauer Park e pela House of One, contribuíram para os estudantes pensarem de forma articulada a reflexão teórica e a ação projetual. Particular relevância teve a visita ao Gärtenerei, uma vez que trouxe à tona ações alternativas tanto para os refugiados e imigrantes vulneráveis quanto para o tratamento dos solos contaminados. Parte dos estudantes enfrentou um saudável choque cultural pelo fato de a intervenção envolver a reconversão de um cemitério em processo de desativação em terreno agriculturável, entre as ações para a integração dessa população vulnerável. Uma maneira também natural de lidar com a morte foi igualmente observada na visita ao projeto de co-housing realizado com pátio voltado para um cemitério.

A visita a esse co-housing, situado em Friedrichshain, foi uma oportunidade ímpar, já que foi promovida por um professor da Fachhochschule Potsdam (participante da Summer School realizada no Rio em articulação com essa Study Visit). Membro do grupo que desenvolveu essa forma específica de moradia, o Prof. Prytula nos convidou a conhecer o projeto, fazendo uma exposição detalhada do processo de constituição do Baugruppe, da elaboração do projeto e da construção do edifício. O professor percorreu com os estudantes diversas partes do edifício, passando pelo subsolo, onde se encontram maquinários e instalações técnicas do edifício, pela cobertura e por um dos apartamentos.

A temática moradia permeou praticamente toda a programação. Os estudantes conheceram a produção de ícones da arquitetura contemporânea produzidos no contexto da IBA 87. No dia 30 de abril, foram visitados projetos diretamente focados no tema moradia. Wohnsiedlungen de diversas épocas foram conhecidas e discutidas. As ocupações residenciais autogeridas foram fundamentais para confrontar o que ocorre em cidades brasileiras, como Rio e São Paulo, onde a necessidade habitacional é a força motriz das ocupações, e em cidades européias, como Berlim, cujas ocupações foram motivadas pelo desejo de construção de um outro projeto de cidade e sociedade. Foram visitados também alguns tipos de grupamentos habitacionais que estão fora do contexto da oficialidade. Ainda que não se constituam propriamente em slums ou favelas, são assentamentos que apresentam precariedade, expondo uma face de Berlim pouco conhecida, mesmo para urbanistas e especialistas em moradia urbana.

A visita ao Senat für Stadtentwicklung und Umwelt, instituição pública que abriga farta documentação e um acervo de maquetes da cidade de Berlim, ocorreu no segundo dia da Study Visit. A quantidade de maquetes de diferentes tipos encantou os estudantes, que ainda estavam se familiarizando com a cidade de Berlim, mas que puderam reconhecer pontos já visitados.

O Museu Judaico, o Memorial aos Judeus Mortos na Europa e a área externa da Topografia do Terror mostraram a importância dos marcos para se manter viva a memória para a reparação de atos do passado. O foco no tema Cultural Visits encerrou as visitas temáticas, com idas a locais como o Reichstag, Panoramapunkt e Kulturforum.

Nas visitas às três universidades parceiras (TU-B, Bauhaus e BTU- Cottbus), os estudantes foram apresentados aos espaços físicos dos campi, aos laboratórios de ensino e pesquisa, e aos diferentes departamentos, além de contemplados com a história dessas universidades.

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